Fogo amigo

O ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União), Jorge Hage, bateu duro no Serpro, colocando a empresa como uma das responsáveis pela falta de fiscalização dos convênios que o governo assina com organizações não governamentais, que acabam favorecendo a prática de corrupção.

Na entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, chegou a defender a terceirização de serviços no governo federal, sob alegação de que o Serpro não dá conta dos serviços.

Foi a primeira vez que a estatal sofreu um golpe tão duro de alguém com credenciais de ministro no governo. Mas de antemão sei que Jorge Hage foi injusto com a empresa. Ainda vou confirmar, mas tenho quase certeza de que o Serpro herdou esse abacaxi do Ministério do Planejamento. Me lembro de algo assim na época em que a empresa assumiu o contrato.

O contrato com a CGU para o desenvolvimento do sistema de convênios, se não me falha a memória, não foi assinado originalmente com o Serpro. A estatal teria sido terceirizada depois que a própria CGU enfrentou problemas com a sua execução.

* Estou tentando uma entrevista com o presidente do Serpro, Marcos Mazoni, para que ele possa se pronunciar quanto ao teor das declarações de Jorge Hage. E confirme se estou errado ou não.

A gravação dessa entrevista foi feita para o programa “Poder e Política” produzido pelo Grupo Folha de S.Paulo, em Brasília, no dia 3 de novembro. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.

Assistam o trecho da pancada no Serpro: