Dilma na China

* Extraído da Folha de S. Paulo:

China promete a Dilma abrir um centro de pesquisa em Campinas

No primeiro encontro de Dilma Rousseff em Pequim, o presidente da empresa de telecomunicações da Huawei, Ren Zhengfei, informou que a empresa quer abrir um centro de pesquisa e desenvolvimento de até US$ 350 milhões na região de Campinas (SP).

Ren disse ainda que fará a doação de equipamentos de computação avaliados em US$ 50 milhões para universidades brasileiras e presenteou Dilma com um quadro de pandas.

“Ele disse para a presidenta com muita firmeza que a operação deles no Brasil vai se expandir e que o próximo passo é um centro de pesquisa e desenvolvimento”, disse hoje o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.
Segundo ele, a empresa está interessada em participar do plano do governo para expansão da banda larga.
Dilma aterrissou em Pequim por volta das 10h30 (11 horas a mais do que Brasília) desta segunda-feira e não saiu do hotel durante todo o dia. Além de Ren, ela apenas se reuniu com assessores.

Amanhã, Dilma se reúne com dirigente máximo da China, Hu Jintao. A viagem de seis dias inclui a ainda a participação na cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) e uma visita aos guerreiros de Xian, no centro do país.
Em paralelo à visita presidencial, começou ontem um fórum com a presença de mais de 300 executivos brasileiros, numa tentativa de aproximar empresas do país ao mercado chinês.

“A posição do governo é ter uma relação cada vez melhor com a China. A China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil. É uma grande compradora de commodities brasileiras, nos interessa que ela continue sendo uma grande compradora. Mas nos interessa abrir também uma nova etapa, em que a gente seja parceiro na área de ciência e tecnologia, na área de pesquisa. O objetivo dessa visita da presidenta Dilma é inaugurar essa nova etapa”, afirmou Pimentel.

* Comentário meu: Esse é o primeiro sinal claro dos resultados dos pregões da Telebrás, que deram preferência para as empresas nacionais e que investem no Brasil. A chinesa aí de cima perdeu bons contratos, por achar que aqui venderia de tudo, sem dar ao país importância  e as contrapartidas necessárias.

Como o direito de preferência poderá se alastrar para outros órgãos federais e estatais, os chineses passaram a se preocupar com a questão.