B2BR cai na inidoneidade pelo GDF

A Controladoria Geral do Distrito Federal inscreveu no último dia 29 de março a B2BR – Business to Business Informática do Brasil no cadastro de empresas inidôneas, por descumprimento de contrato.

Segundo o comunicado da Controladoria a empresa, que faz parte do antigo Grupo TBA, agora Globalweb, feriu o Artigo 87 inciso IV da Lei de Licitações (nº8.666/93), pela “inexecução total ou parcial do contrato”.

Não foi estipulado prazo para a empresa voltar a poder fornecer serviços para o Governo do Distrito Federal. Nem tampouco a Controladoria Geral do DF informou que contrato a B2BR teria deixado de cumprir.

No mercado supõe-se que seja a briga da empresa com o Governo do Distrito Federal, por conta de dívidas não pagas pela execução do “Na Hora”.

Se for esse o contrato que não foi executado, o GDF pode estar cometendo um tremendo abuso de poder.

Explico.

O GDF na época devia R$ 5 milhões para a B2BR que executava serviços no “Na Hora” (postos de atendimento à população para expedição de documentos). Como o governo não pagava e o contrato já estava vencido, sem prorrogação, a empresa achou por bem comunicar ao governo que estava deixando de prestar o serviço, pois não teria como continuar arcando com os custos sem receber.

Na mesma época o GDF já tinha escolhido outra empresa para substituir a B2BR.

Convém lembrar que, ao assumir o GDF, o governador Rodrigo Rollemberg promoveu o maior calote na praça, que se tenha notícia. Vários prestadores de serviços, entre eles a B2BR, simplesmente deixaram de receber por aquilo que vinham executando, dentro dos padrões de qualidade exigidos pelo próprio governo.

Com o vencimento do contrato, a partir daí os custos operacionais, que já eram enormes e vinham sendo bancados pela empresa (a dívida já teria chegado a R$ 5 milhões, na época), passariam a ser computados com serviços que ultrapassava o limite do acordo comercial.

A dívida se juntaria ao prazo que a B2BR ainda iria cumprir fora do contrato. Isso, sem o amparo legal de uma prorrogação, com apenas uma promessa de pagamento da dívida e daquilo que excedesse do contrato original pelo GDF, no futuro.

*Pergunto: Você toparia trabalhar de graça, sem nenhum documento atestando isso e só com a promessa de um governo que você não conhece e acabara de aplicar um calote no mercado em geral?