Mitos e lendas da privatização

Hoje saiu no Diário Oficial da União uma medida de praxe, uma formalidade legal: A Fazenda Nacional repassou para o BNDES a totalidade das ações do Serpro sob sua guarda.

Qual o efeito prático disso? Nenhum. Não tem na a ver com as versões que andam circulando, tipo: “privatização branca”. Já foi feito com a Dataprev.

O BNDES não pode se desfazer das ações amanhã. Ele apenas fica com a guarda delas, porque por lei o banco é o gestor do fundo de privatização, não o dono delas. O dono continua sendo o governo. Até que se cumpram todos os procedimentos legais e seja a empresa posta à venda e comprada por alguém. Só então o banco repassa as ações ao novo dono.

É como você querer vender o seu carro usado e levá-lo numa lojinha qualquer. O vendedor vai pedir que você deixe o carro e as chaves lá, para que ele possa vendê-lo. A documentação do carro continua sendo sua e só será transferida quando aparecer o novo dono.

*Parem de criar pelo em ovo. Isso já ocorreu com a Dataprev.