O papel dos meios de Comunicação no combate à violência doméstica e familiar

Por Lianna E. de Souza* – Os meios de comunicação são de fundamental importância para o combate à violência doméstica e familiar, tendo um papel tanto na divulgação dos casos de violência, como na sensibilização e conscientização da sociedade perante esses crimes.

Atualmente temos diversos meios de se propagar uma notícia, seja pelo rádio, TV, jornais impressos, Internet de modo geral e até mesmo por números de telefone criados exclusivamente para atender uma determinada situação, a exemplo do 180 (Central de atendimento à mulher).

O profissional que trabalha nessa área, tem que ter todo o cuidado e cautela ao divulgar o material produzido, porque sabe-se que as notícias de crimes relacionados à violência doméstica e familiar podem e devem impactar de alguma forma na vida da pessoa que está recebendo a notícia, inclusive, podendo influenciar na procura dos atendimentos oferecidos pelos Estado.

O papel da mídia, no combate à violência doméstica e familiar é muito mais do que apenas “informar”, por ser uma das mais importantes fontes de informação, são orientadores de condutas, porque além da informação principal, tem-se o privilégio de agregar crenças, valores e anseios da sociedade. Portanto, o domínio exercidos pelos meios de comunicação devem ter uma ação sempre positiva e decisiva, no sentido de fomentar, fortalecer, ampliar e sobretudo auxiliar no combate à violência.

Ainda, é necessário compreender que a abordagem da violência doméstica contra as mulheres, não deve ser tratada como um fato isolado, mas, sim, como um fenômeno complexo, multidimensional, que não escolhe cor, raça, crença, credo, idade, e nem status, e que portanto, além da mídia de comunicação, é importante a elaboração de políticas públicas efetiva, com articulação nas diferentes esferas (municipal, estadual e federal) e áreas ( educação, trabalho, saúde, segurança pública, assistência social, programas de governo).

Por fim, deve-se ter em mente que uma vida sem violência é um direito das mulheres, e que com os esforços de todos, como os meios de comunicação, sociedade em geral, vítimas e órgãos públicos, há de se erradicar ou até mesmo minimizar as violências paulatinamente sofrida pelas mulheres no seio doméstico e familiar.

*Lianna E. de Sousa, advogada, pós graduada em Direito Público pelo Instituto Processus e pós graduada em Especialização e Ordem Juridica e Ministério Público pela Fundação Escola Superior do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Advogada atuante na área de Radiodifusão e Telecomunicação.Integrante da Rede Internacional de Proteção à vitima Laço Branco Brasil, Articulista do Jornal A voz do povo, da Revista Eletrônica CartaPolis e Assessora Juridica do Conselho de Segurança do Guará-DF.