Firjan: Custo dos feriados será de R$ 150,7 bilhões este ano

115402.gif* Da Agência Brasil:

O custo econômico dos feriados que ocorrerão este ano em dias úteis será de, no máximo, R$ 150,7 bilhões para o país, de acordo com estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Como não se tem como saber com precisão o valor de perda da não produção durante os dias de feriado, a Firjan estimou que o valor máximo seria o de um PIB diário multiplicado pelos dias úteis que não seriam trabalhados este ano, explicou a diretora de Desenvolvimento Econômico da entidade, Luciana de Sá. A conta se refere a todos os setores da economia.

As paralisações representarão uma perda de 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país. O valor calculado para as perdas diárias por feriado que ocorrer em dias de semana é de R$ 13,8 bilhões. “Se você cria mais um feriado, perderia mais R$ 13,8 bilhões, no máximo”, disse.

O custo dos feriados projetado para a economia nacional este ano equivale a cerca de sete vezes o orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para 2010, afirmou Luciana. “A cada 23 anos, a gente perde um PIB”.

Segundo Luciana de Sá, o estudo objetivou mostrar que “é nefasta” para a economia a criação indiscriminada de feriados. “A gente resolveu fazer essa conta para impedir a criação permanente ou transformação de dias comemorativos em feriados, até porque a atividade econômica ocorrida em feriado implica em um salário horário mais elevado”, disse a diretora da Firjan.

No ano passado, os feriados provocaram perda para a economia de R$ 150,2 bilhões, o que equivale a cerca de 4,8% do PIB. A estimativa da Firjan é de que deixou de ser faturado um total de R$ 12,5 bilhões por feriado em dia útil no Brasil.

A estimativa do custo econômico dos feriados em 2010 alcança R$ 51,7 bilhões em São Paulo, influenciado pelo tamanho do PIB estadual, seguido do Rio de Janeiro (R$ 17 bilhões), Minas Gerais (13,8 bilhões), Santa Catarina (R$ 10,1 bilhões), Paraná (R$ 8,4 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 6 bilhões).