Essa é a epidemia que me preocupa, porque os sinais mostram que não há cura

Ontem dei de cara no Facebook com uma postagem que achei no mínimo curiosa. Em 35 anos de profissão e 60 de vida, nunca tinha visto, lido ou ouvido falar, que os torturadores no regime militar usavam o termo “tubaína” como referência para a tortura por afogamento.

Pesquisei no “pai dos burros da Internet” (Google) por algum arquivo, alguma informação histórica sobre o assunto. Nada achei. Por meio de uma amiga busquei informações com uma historiadora, se ela tinha alguma informação algum conhecimento disso. Também nada, a historiadora nunca tinha ouvido falar de tal termo, supostamente empregado por torturadores.

Para mim estava claro, tal postagem era uma fake news, plantada com o objetivo de deturpar o sentido de uma frase infeliz, uma brincadeira de mau gosto do presidente Jair Bolsonaro. Sim, a meu ver, a piada feita por ele era ruim, mas não tinha tal intenção de mandar recadinhos para a oposição.

Meu ponto de vista sobre esse assunto é o seguinte: A mim não interessa quem foi o “pai da criança”, quem introduziu as fake news no Brasil. se “Bolsonaristas” ou “Lulistas”, extrema direita ou esquerda. Não me interessa fazer um exame de DNA para descobrir o autor dessa excrescência.

O que me interessa discutir é a dura realidade de que hoje convivemos com essa praga e ela cresce cada vez mais rápido à medida que se aproximam processos eleitorais em todos os níveis.

E não vejo nenhum controle, nenhuma tentativa de ação para coibir essa epidemia, que a médio e longo prazos matará mais que o Covid-19.

*Esse país não seguirá em frente enquanto essas bestas, seja qual for o viés político, continuarem atuando nas sombras.