Defesa Cibernética fica nas mãos dos militares

No PPA 2012/2015 apresentado ontem pelo governo ao Congresso Nacional, o governo informou que irá investir R$ 52,8 bilhões numa “Política Nacional de Defesa”.

Mas a maior parte desse dinheiro irá para a compra de equipamentos militares, aviões, submarinos, entre outros. Também estuda o aumento do contingente militar.

Mas, nessa política, o governo fez questão de inserir alguns projetos importantes que envolverão o setor de Tecnologia da Informação.

Um deles será a implantação de 130 telecentros nos municípios da Amazônia Legal (Programa Sipam Cidades). Outro será a estruturação de pelo menos 20% do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).

Também constam alguns projetos polêmicos, que deverão gerar brigas internas.

Por exemplo, o PPA 2012/2015 prevê a implantação do Centro de Defesa Cibernética, que terá os seguintes objetivos:

– Desenvolver tecnologias da informação e comunicação, visando a assegurar acapacidade de defesa cibernética nos campos civil, industrial e militar.

Órgão Responsável: Ministério da Defesa – Ou seja, a política de Segurança Cibernética deixará de ser uma atribuição do GSI – Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Passará para o efetivo controle militar.

E as Metas desses projetos já estão traçadas até 2015:

– Implantar o Centro de Defesa Cibernética

– Instituir o Comitê de Segurança da Informação e Comunicações.

* O documento entregue pelo governo ao Congresso Nacional não informa quanto será investido nessas ações.