Bolsolândia põe a culpa na Oracle para aliviar a responsabilidade de diretor

Bolsominions aliados da diretoria do Serpro, a mesma que quer vender nem que seja parte da companhia e jogá-los nas ruas, espalham a entrevista que o presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, concedeu no dia 5 ao The Wall Street Jounal. Na qual ele atribui a responsabilidade do erro nas informações das exportações à nova versão de banco de dados da Oracle instalada na empresa.

Foi a maneira que encontraram para rebater matéria publicada hoje (09) por este site, na qual a responsabilidade do erro seria da Diretoria de Desenvolvimento, que desde janeiro de 2017 abandonou processos de desenvolvimento e uma área de auditoria de qualidade de software desenvolvidas pelo Serpro.

Segundo a tradução da entrevista concedida ao jornal norte-americano, Caio teria dito que uma “investigação interna até agora sugere que os fornecedores de software não explicaram claramente todos os ajustes que precisavam ser feitos e que os funcionários da agência (Serpro) não perceberam que algo estava errado”.

Ou seja, caberia à Oracle se dar ao trabalho de informar, que a sua nova versão de banco de dados poderia causar problemas de interoperabilidade com sistemas desenvolvidos em 1993 ainda em uso no Serpro, como no caso do Siscomex.

Como a Oracle não informou mastigadinho algo que parece óbvio até para um jornalista especializado – que não é técnico em informática – os funcionários do Serpro que implantaram o banco de dados “não perceberam que algo estava errado”.

A Bolsolândia só não se deu conta de que na entrevista de Caio também consta uma parte na qual o presidente do Serpro anuncia que irá demitir os responsáveis. Este site aposta em duas coisas:

1- O diretor de Desenvolvimento Ricardo Jucá não será responsabilizado pelo episódio e não cairá;

2 – Ele indicará qual dos bagrinhos da sua área serão demitidos.

*Provavelmente gente que até o ano passado fazia arminha com os dedos, concordava com o pensamento de Caio e Jucá sobre o que fazer com os “velhos funcionários” e acreditavam que estavam participando da “transformação digital” que este governo vem anunciando aos quatro cantos do planeta.

Para quem não viu a entrevista de Caio, acesse AQUI