Acabou o pudor: este governo é Microsoft e será Apple. E ponto final

Os gestores de TI já não escondem o seu interesse comercial e nem demonstram qualquer constrangimento ou pudor, de participar de eventos a portas fechadas, que estão sendo patrocinados pela Microsoft. Para discutir um pacote de bondades que a empresa tem a oferecer com a “transformação digital”.

Nunca a Microsoft foi tão agressiva no seu marketing junto ao governo brasileiro como está sendo agora. Praticamente uma ou duas vezes ao mês a empresa tem patrocinado algum tipo de evento ou participado de reuniões internas do governo. Se nos eventos tiver integrantes de governo, sobretudo os do Ministério da Economia, então é certeza de contar com o apoio ($) da multinacional.

Este site já recebeu informações, por exemplo, que esse “ataque comercial” da Microsoft pelo menos já teria conseguido um bom resultado na Dataprev, onde a presidente, Christiane Edington, estaria defendendo abertamente nas reuniões de diretoria, a contratação dos serviços de nuvem da multinacional.

Porém, obter maiores detalhes e informações à respeito na estatal é tarefa quase impossível. Porque a presidente da empresa proibiu que sejam feitas Atas das reuniões de diretoria. Ou seja, não tendo memória das reuniões, ninguém terá problemas no futuro para se explicar em eventual auditoria por causa de contratações nada, digamos, “convencionais”.

É sempre bom relembrar com quem o presidente Bolsonaro jantou quanto esteve no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, no início do ano. Não é à toa que ontem ele falou em baixar Imposto de Importação para “equipamentos de tecnologia” (olha o Iphone 10 aí genteee), e agora torna-se pública mais esta ação de lobby da Microsoft junto ao governo.

*E tudo vem ocorrendo diante dos complacentes olhos dos organismos de controle. Que estão mudos, calados, como convém. Ao que parece, corroborando com o novo modelo de fazer “negócios” da multinacional na Esplanada dos Ministérios.