Marina, neutralidade de rede e os bancos

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Ontem Marina participou de debate no “Diálogos Conectados” – promovido pelo movimento “Banda Larga é um Direito Seu”. Mostrou pouco conhecimento sobre temas como “neutralidade de rede” e “privacidade”, embora como candidata repita a receita de bolo mais óbvia: apoia.

Mas são temas que 90% das pessoas que participam de redes sociais também desconhecem e nem fazem a menor ideia do quanto ainda serão importantes em suas vidas.

Mas o que me chamou a atenção foi a claque de Marina. Nunca tinha visto um banqueiro tão presente em debates políticos como Roberto Setúbal, dono do Itau. Participou e comportadamente aplaudiu tudo o que a candidata disse.

É a primeira eleição que eu vejo donos de bancos preocupados com os destinos do país, ao ponto de participarem de debates públicos. Como não tenho notícias de que essa gente tenha perdido algo na sua lucratividade durante os Governos Lula e Dilma, fico a me perguntar o que Marina prometeu para este setor?

Ontem ao falar de neutralidade de rede, Marina gastou alguns minutos repetindo acusações, como a de que o BNDES deu R$ 500 bilhões para um pequeno grupo de empresas e que esse dinheiro poderia ser canalizado para redes de banda larga.

No ano passado Roberto Setubal chegou a criticar no jornal O Globo as taxas de  juros oferecidas pelo BNDES nos empréstimos para empresas, consideradas por ele como impossíveis de serem seguidas pelos bancos privados.

*De neutralidade  de rede Marina pode até não entender, mas não dá para deixar de notar que a candidata está com um discurso afinadíssimo com os grandes bancos privados.